Siwa - واحة سيوة‎

Siwa é, dos grandes oásis, o mais ocidental do Egipto, já perto da fronteira com a Líbia. Mais de 300 nascentes de água doce alimentam o oásis, irrigando cerca de 300 000 tamareiras e 70 000 oliveiras. O cenário torna-se ainda mais espectacular pois, nos arredores da cidade, encontram-se dois lagos salgados, com margens brancas cobertas de sal e com o amarelo do deserto no horizonte.

As ruínas da antiga cidade de Shali erguem-se sobre a actual praça principal de Siwa. Esta cidade muralhada protegeu os habitantes dos ataques de tribos provenientes de territórios da actual Líbia. Embora as casas tenham sido abandonadas em 1926, após chuvas torrenciais que destruiram grande parte das contruções em tijolo de lama, a zona pode ser explorada e do cimo obtêm-se vistas fabulosas sobre a paisagem circundante.

Em termos humanos, Siwa é uma sociedade islâmica muito tradicional, em que a esmagadora maioria das mulheres usa véu integral (isto é, não tendo nenhuma parte do corpo à mostra) e não pode sair à rua sem estarem acompanhados do marido ou de um filho. Neste aspecto, é bastante impressionante uma cena que se vê frequentemente nas ruas de Siwa: uma ou duas mulheres, totalmente cobertas, sem qualquer identidade, perfeitamente passivas, sendo transportadas na parte de trás de uma carroca conduzida por um miúdo com idade a volta dos 6 ou 7 anos. Os visitantes devem vestir-se com discrição, e a Carla usou sempre um véu enquanto por aqui andamos. As turistas ocidentais que se expõem mais sujeitam-se não só a permanentes olhares indiscretos, como a assédio mais incomodativo. Pelos vistos, os homens encaram a exibição do corpo como um convite para algo mais!

À volta de Siwa é interessante visitar, além dos lagos e nascentes (onde se pode tomar banho), as ruínas do Templo do Oráculo, do sec. VI a.C., onde se praticava o culto a Amon e onde vivia um oráculo de fama considerável e que, segundo se diz, foi visitado por Alexandre, O Grande, em 332 a.C, o qual viu confirmada a sua natureza divina!

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