A magnificência arquitectónica da mesquita deixa-nos sem folego. Diria que os objectivos que estiveram na base da sua construção foram atingidos, já que se destinava a projectar a superioridade do Islão. Hoje, é um símbolo incontornável desta cidade e marca a alma do bairro muçulmano.
Decorada com inúmeros painéis de azulejos multicoloridos, uma cúpula dourada coberta de folhas de ouro (doada pelo Rei Hussein da Jordânia) e exibindo versos do corão gravados nos azulejos, a mesquita é o principal elemento arquitectónico dum recinto que alberga muitas outras atracções.
Com o passar do tempo a mesquita foi rodeada por outros edificios igualmente importantes no Islão como Madrassas (escolas mamelucas para o ensino do corão), colégios, fontes públicas para ablução, arcadas e muralhas.
Dentro do mesmo recinto existe ainda a Mesquita El-Aqsa (contemporânea da anterior), que permanece hoje como o principal local de oração muçulmana em Jerusalém. Infelizmente, também aqui não pudemos entrar mas pudemos ver do Monte das Oliveiras as enormes multidões que se juntavam na oração da tarde.
Entrar no recinto do Monte do Templo foi uma provação já que tivemos que enfrentar grandes filas e um sistema de seguranca apertado (comemorava-se o
Bar Mitzvah no Muro das Lamentações ao lado) mas valeu bem a pena já que a Mesquita Domo da Rocha é uma das obras muçulmanas mais bonitas que já vimos. Mesmo não tendo entrado lá dentro, a mesquita conquista-nos e sentimo-nos num lugar impar do mundo muçulmano (mesmo sabendo que do outro lado do muro da muralha os judeus oram virados para aqui).
E estranho. Percorrer Jerusalém é, no minimo, estranho! Sentimo-nos transportados para os lugares mais sagrados das três religiões monoteistas (Judaisco, Cristianismo e Islâmismo) com demonstrações fervorosas de todas elas. Aparentemente (e só aparentemente) todas vivem em harmonia numa das cidades históricas mais importantes do mundo.